sobre o formiga-me

“Formigar-se”

(for.mi.gar-se) verbo transformativo. 1. sensação de formigamento que faz a gente se mexer para sair de uma posição (des) confortável; 2. colocar a mão na massa para mudar e resolver problemas; 3. ato de incorporar o comportamento das formigas, que são colaborativas e cooperativas, organizadas, resilientes e persistentes. 4. trabalho do Formiga-me, que junta todas as definições anteriores.

atenção! O “me” no final do nome (como beije-me, conte-me, deixe-me) é importantíssimo para dar a ideia de ação, e por isso a gente fala “formigame”.

Fazemos projetos para melhorar
a vida nas cidades

Aqui no Formiga-me (que se pronuncia “formigame”, não “formiga”) a gente acredita que pequenas ações de cuidado afetam como outras pessoas veem, percebem e interagem com a cidade. Em outras palavras, cuidado gera cuidado. Falta de zelo gera destruição. Essa dinâmica é poderosa e expande para uma reação em cadeia.

Por isso um banco quebrado vira logo dois, três bancos quebrados e uma lixeira destruída. Uma rua limpa inibe as pessoas de jogarem lixo no chão. Uma praça abandonada faz com que os pedestres desviem o caminho por fora dela. Um bairro em que as pessoas são solidárias umas com as outras atrai mais gente aberta a interagir. Uma ciclovia em que passam 10, logo passam 50.

Também acreditamos que a melhor forma de construir espaços urbanos seguros não é subindo muros, e sim andando na rua, sentando na praça, participando da vida do bairro, comprando na lojinha da esquina, conversando com seu vizinho.

E como a gente se relaciona com toda essa filosofia no Formiga-me?

Criando dois tipos de projeto: o primeiro é de conteúdo, divulgando o que pessoas, grupos e organizações fazem pela cidade. O segundo tem uma pegada prática e limites zero. Para sermos menos genéricos, a gente se junta com quem tá afim de botar a mão na massa para fazer essas pequenas transformações urbanas. Mapa afetivo? Amamos. Unir moradores de um bairro para resolver um problema local? Fazemos. Oficinas e mobilização? Estamos dentro. E mais uma porção de coisas.

Nosso objetivo com tudo isso é levantar reflexões sobre a cidade que cada um quer e qual é nosso papel nesse processo. E também inspirar as pessoas à ação com ideias de outras formiguinhas.

Ficou curioso e quer ver os projetos que já colocamos na rua e na rede? Nosso portfólio está aqui prontinho para ser amado.

quem são as formigas

  • Fernanda Carpegiani

    Fernanda é jornalista freelancer e tem a sustentabilidade como valor na vida pessoal e profissional. A inspiração para co-pilotar o Formiga-me veio do seu envolvimento com o coletivo Ocupe&Abrace, que cuida da Praça da Nascente, na Pompéia. É repórter desde 2007 e já escreveu de tudo um pouco, mas muito sobre educação e família. Recebeu o Prêmio Editora Globo de Jornalismo em 2014 na categoria Brasil com a reportagem “Infância às margens do São Francisco”, publicada na Crescer.

  • Juliana Marques

    Juliana é professora há 8 anos na rede pública municipal na Zona Leste de São Paulo. Formada em Letras, é atuante em projetos relacionados a Literatura e práticas educativas críticas, descolonizadoras e libertadoras dentro e fora da escola. Mãe do João, sabe que também a maternidade pode ser revolucionária e política. Considera a escola como parte importante da cidade para promover as mudanças que queremos, e acredita no Formiga-me como uma iniciativa catalisadora de boas ideias.

  • Cora Guimarães

    Cora é alagoana, arquiteta e urbanista e acredita que pequenas ações podem transformar todas as relações que permeiam nossa vida cotidiana urbana. Se juntou ao Formiga-me para expandir e trocar conhecimentos em busca de cidades mais justas, igualitárias, atrativas, sustentáveis e eficientes. Fez parte do Coletivo Urbano Aqui Fora, em Maceió, e compôs equipe de produção da exposição sobre a luta e ação na Ocupação 9 de Julho, no centro de São Paulo, na Bienal de Arquitetura de Chicago.