5 maneiras de ocupar uma praça

Poder passear, tomar sol e descansar em uma praça bem cuidada é um alívio para quem vive em apartamentos cada vez menores. Mas o mesmo espaço público quando está abandonado, com mato alto e sem iluminação vira só mais um motivo para ter medo da cidade. Afinal, o que faz um lugar como este ser bom para as pessoas?

A resposta é simples: são as próprias pessoas! Se você ainda não tem um oásis urbano para chamar de seu, aqui estão 5 iniciativas inspiradoras que transformaram e ocuparam praças em grandes cidades:

1. Festival Praça da Nascente, coletivo Ocupe & Abrace

SÃO PAULO – SP

Apesar de ser o maior espaço verde da Pompeia, a Praça Homero Silva ficou abandonada por muitos anos. Em 2013, um grupo de vizinhos se reuniu para ocupar e abraçar o local e logo descobriu por que tinha tanta lama por ali. É que o lugar é cheio de nascentes! Assim (re)nasceu a Praça da Nascente, que hoje tem até lago, e o Festival Praça da Nascente. A gente registrou a oitava edição do evento, que é apenas uma das ações de ocupação do lugar.

2. Movimento Boa Praça

SÃO PAULO – SP

Foi o desejo de uma criança que motivou a revitalização da Praça François Berlanger, no Sumarezinho. Em 2008, Alice quis consertar a pracinha que tanto amava para fazer sua festa de 4 anos lá. Sua mãe mobilizou subprefeitura, vizinhos e empresas para conseguir a reforma. Era o começo do Movimento Boa Praça, que desde então faz feiras de trocas, piqueniques comunitários e outras atividades em quatro praças da região.

 

Biblioteca do Movimento Boa Praça

3. Praça de Bolso dos Ciclistas

CURITIBA – PR

Em uma esquina vazia, surgiu uma praça. A construção da Praça de Bolso dos Ciclistas foi uma parceria entre a Prefeitura da Curitiba, que cedeu o terreno e desenvolveu o projeto, e a população, principalmente cicloativistas, que fizeram mutirões para instalar bancos, muros, floreiras e outras estruturas. O lugar foi inaugurado em 22 de setembro de 2014, no Dia Mundial Sem Carro.

 

Vista da Praça de Bolso dos Ciclistas, em Curitiba

4. Wikipraça

RIO DE JANEIRO RJ, SÃO PAULO – SP e PORTO ALEGRE – RS

Ação da WikipraçaSP no ArouchePara ocupar um espaço público, é preciso primeiro mobilizar as pessoas. Esse é o objetivo do Wikipraça, que começou em 2012 com uma ação no largo de São Salvador, no Rio de Janeiro, e se transformou em uma metodologia aberta de participação urbana. O site oferece protocolos de ações, ferramentas digitais e processos colaborativos que ajudam a conectar e mobilizar pessoas. A plataforma é totalmente aberta e já incentivou ações no Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.

 

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5. Projeto Praças

SÃO PAULO – SP

Reunir pessoas pela internet também é o foco do Projeto Praças, um negócio social que estimula a co-gestão urbana de praças em São Paulo. Funciona assim: você entra no site, escolhe uma praça para ser amigo. Dessa forma, pode ajudar na construção de um projeto para o lugar. A equipe faz a coordenação desses grupos e incentiva as pessoas a colocar suas ideias em prática. Além disso, leva as demandas necessárias para o poder público. As primeiras ações da empresa aconteceram na Praça Acibe Ballan Camasmine, no Brooklin, em 2015, e a ideia é expandir para outras da cidade.

 

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Tim, arte-educador e idealizador do Imargem, na laje do ateliê damargem.